Para além dos cuidados gerais com a pele, precisamos destacar que a pele do idoso desenvolve uma série de particularidades que demandam atenção específica. Vamos citar algumas:
- Proteção contra o sol: o dano causado pelo sol (e que leva ao desenvolvimento do câncer de pele) é cumulativo, ou seja, vai sendo somado ao longo de toda a vida. E, apesar de não podermos reverter o dano que já foi causado, é essencial o uso do filtro solar para diminuir a progressão das lesões;
- Hidratação: a pele do idoso naturalmente torna-se mais ressecada com o passar dos anos, levando a necessidade de uso mais frequente de hidratantes. O ressecamento é uma causa comum de coceira nessa idade, podendo inclusive evoluir para lesões de pele mais inflamadas;
- Atrofia da pele: a pele também se torna mais fina e frágil, sendo, portanto, suscetível a se machucar mesmo após pequenos traumas. É necessário um cuidado especial com batidas e mesmo ao segurar o idoso pelos membros, para que não se causem manchas roxas e feridas. Mesmo assim, quando isso acontece, as feridas precisam de curativos e prescrição adequada para auxiliar na cicatrização e evitar infecções.
- Novas lesões e câncer de pele: é muito comum o surgimento de lesões na pele do idoso – verrugas, pintas, feridas – algumas completamente benignas, outras com potencial de se transformar em câncer e mesmo tumores já estabelecidos. A diferenciação entre essas lesões pode ser difícil, necessitando de um olho treinado. Por vezes, aquilo que mais chama atenção é completamente benigno, enquanto há uma lesão maligna que passa despercebida.
Por essas particularidades, é importante procurar um dermatologista que esteja habituado a lidar com a pele do idoso e tenha experiência no diagnóstico e condução desses tratamentos.